sexta-feira, 27 de março de 2015

Henry ganha camisa de Neymar de presente e brinca: "Não faça mais isso"

Neymar e Henry Seleção Brasileira (Foto:  Rafael Ribeiro / CBF)Ao lado de Patrick Vieira, ex-atacante francês faz visita o vestiário brasileiro e faz elogios pela marca de 43 gols que o camisa 10 tem pela Seleção aos 23 anosA vitória do Brasil sobre a França por 3 a 1 na quinta-feira, no Stade de France, parece não ter deixado todos os anfitriões chateados. Depois do jogo, o ídolo Henry deu uma de fã, foi ao vestiário da Seleção e ganhou a camisa 10 de Neymar de presente. Campeão mundial em 1998 como reserva na final e autor do gol que eliminou os então defensores do título na Copa de 2006, o ex-atacante conversou longamente com o craque do Barcelona, de acordo com o site da CBF.

- Vê se não faz mais isso. É falta de respeito vir aqui e ganhar da França em casa - disse Henry ao se despedir de Neymar.O brasileiro revelou o teor da conversa, dizendo ter muita admiração pelo francês.
- Ele elogiou, dizendo que marcar 43 gols pela seleção brasileira aos 23 anos é uma grande marca, muito difícil de conseguir. Foi muito legal conversar com ele, um jogador que admirei quando criança e que tem muito que passar de bom - disse Neymar ao site da CBF.
Neymar Jr,Patrick Vieira e Thierry Henry (Foto: Rafael Ribeiro CBF)Neymar cumprimenta Patrick Vieira ao lado de Thierry Henry, no encontro do trio no vestiário (Foto: Rafael Ribeiro CBF)
Além de Henry, outro ex-jogador francês esteve no vestiário da Seleção depois da partida. Foi Patrick Vieira, homenageado antes da derrota da França por ter defendido seu país em mais de 100 partidas. Levou os filhos Melvin e Jordan para tirar fotos com Neymar.
Neymar  (Foto: Rafael Ribeiro CBF)

Lolla vai ter bebidas mais caras, com cerveja a R$ 10 e refrigerante a R$ 7,50

Com cerveja em mãos, garota se direciona ao palco Butantã para acompanhar o show da banda paulistana Holger no Lollapalooza 2013 (Foto: Raul Zito/G1) copo d'água custa R$ 5; valores subiram de 11% a 66% em relação a 2014.
Festival em SP terá 'moeda oficial', o Lolla Mango; saiba como funciona.Os preços de bebidas da quarta edição brasileira do Lollapalooza subiram até 66,6% em relação ao ano passado. A cerveja vai custar R$ 10 (11% mais caro em relação aos R$ 9 de 2014). O refrigerante sai por R$ 7,50 (50% mais que os R$ 5 há um ano). O copo de água teve a maior alta: 66,6%, de R$ 3 em 2014 para R$ 5 em 2015.

Os três preços subiram acima da inflação no Brasil. A inflação nos últimos doze meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 7,7%.
O Lollapalooza vai contar uma moeda própria, o Lolla Mango. Só com ela o público poderá comprar lanches e bebidas no Chef Stage, em quiosques e em foodtrucks. O Lolla Mango vale R$ 2,50. A cerveja custa 4 mangos, ou R$ 10 (chopp de 400 ml ou Skol Senses de 269 ml), o refri 3 mangos, ou R$ 7,50 (lata) e a água 2 mangos, ou R$ 5 (copo 300 ml). Veja a lista completa de preços de bebidas e alimentos no festival.
O Festival acontece nos dias 28 e 29 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Segundo a organização, o objetivo de se criar uma moeda é "evitar filas, otimizar o tempo e proporcionar mais conforto" (saiba mais).
PUBLICIDADE

Veja a repercussão da escolha de Renato Janine Ribeiro para o MEC

Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP, durante debate em março de 2010  (Foto: J. F. Diorio/Estadão Conteúdo)Governo anunciou Renato Janine Ribeiro para a pasta nesta sexta-feira.
Desafio é implantar o PNE em meio à crise, dizem especialistas.A presidente Dilma Rousseff anunciou o nome do professor e filósofo Renato Janine Ribeiro para assumir o Ministério da Educação, no fim da tarde desta sexta-feira (27). Segundo o governo federal, a posse será no dia 6 de abril.

Segundo pesquisadores, gestores e especialistas da área, um nome como Janine Ribeiro é bem recebido por causa de sua experiência tanto em sala de aula e em cargos de fomento de pesquisa e avaliação educacional, quanto por seu trabalho de pesquisa acadêmica nas áreas de filosofia política, ética e democracia.
Veja abaixo algumas opiniões de políticos e educadores sobre a escolha de Renato Janine Ribeiro para o MEC:
Luiz Cláudio Costa, ministro interino da Educação e secretário-executivo do MEC:
"Eu já me reuni com o professor, ele é um grande nome da área. Eu diria que é um nome que tem muita relevância para a educação do país, profundidade, entende muito da área, tem muita capacidade e foi uma escolha acertada da presidenta Dilma. Ela o escolheu para compor o governo e acho que foi uma excelente escolha para o Brasil."
Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ministro da Educação no governo Lula:
"É uma indicação positiva por ser um nome técnico e respeitado. Ele é um grande filósofo. Eu diria que é um dos meus filósofos preferidos no Brasil de hoje. A presidente Dilma demonstrou um cuidado de não usar o ministério nas negociações partidárias, isso é muito bom. Ao contrário do que fez na escolha de Cid Gomes, que foi uma indicação para acomodar partidos. Não sei se ele vai se preocupar com educação de base ou se vai continuar como os ministros do governo Lula e Dilma que se preocupam mais com o ensino superior. Investir no ensino superior dá voto. Mas é uma ilusão achar que o ensino superior pode ser de qualidade com educação de base catastrófica como está no Brasil."Deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), presidente da Comissão de Educação da Câmara:
"Acho uma boa escolha. É alguém que reflete sua opinião em artigos frequentes na imprensa. É um intelectual conhecido e reconhecido. Sobressai o ministério dela. Acho que dá credibilidade para a pasta. Ele precisará ter recursos, ou seja, investimento e autonomia. Não tem jeito de não fazer o ajuste fiscal, mas as áreas da educação e saúde deveriam ser poupadas, ainda mais se o slogan do segundo mandato é Brasil Pátria Educadora."
Alejandra Meraz Velasco​, coordenadora geral do movimento Todos Pela Educação​:​
"Já é uma boa notícia que a nomeação tenha sido rápida. E o Renato é interessante porque ele tem interlocução de longa data com muitos dos setores necessários para a articulação política, que costuma ser prejudicada por descontinuidades (como a substituição de ministros). Como ministro, ele enfrentará, mais do que a questão orçamentária, a definição da Base Nacional Comum e do Currículo de Formação de Professores, que estão atrelados ao Plano Nacional de Educação."
Vahan Agopyan, vice-reitor da Universidade de São Paulo (USP):
"A USP se sente honrada pela indicação do professor Renato Janine Ribeiro como novo ministro da Educação. Estamos certos que ele contribuirá, com sua formação e experiência ilibadas, para a melhoria da educação em nosso país
Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação:
"Em primeiro lugar, é uma surpresa e uma boa surpresa. Renato Janine Ribeiro é um excelente intelectual, que teve boa experiência de gestão na presidência da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] e que tem a primazia dos Direitos Humanos como princípio. Ou seja, minhas expectativas são as melhores. Ele terá de tirar o PNE [Plano Nacional de Educação] do papel. Isso significa que, com diálogo, será preciso revisitar o PNE, para construir caminhos para cumprir as metas e estratégias. O que não pode ocorrer é se ignorar o plano. Esse é o desafio do novo ministro"
Cleuza Repulho, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime):
 "Estou contente, acho que a preocupação realmente com a educação se mostra, porque coloca um professor e alguém que tem um histórico importante na educação. "Por toda a análise política que ele faz desse contexto, do pacto federativo, acho que ele é uma pessoa que conhece o país e toda essa lógica democrática. Espero com ele encontrar um Ministério da Educação aberto ao diálogo com os estados e municípios para que a gente possa de fato colocar em prática o PNE e chegar à pátria educadora."
Claudia Costin, diretora global de educação do Banco Mundial:
"O professor Renato Janine é um acadêmico bastante respeitado, aberto ao diálogo e com experiência em Educação. Foi diretor da Capes e nessa condição participou do processo da gestão da política de ensino superior. Terá desafios importantes para assegurar Educação de qualidade no país como a elaboração da Base Curricular Nacional, a reformulação do ensino m, a revisão das propostas curriculares das faculdades de educação, o fomento da excelência nos cursos superiores. A expansão da educação Infantil e, em especial, da universalização da pré-escola até 2016 vão colocar um sentido de urgência nas suas ações. 2015 é também ano de Prova Brasil, quando todos os alunos de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e os de 3º ano do ensino médio são avaliados, o que, junto com o Enem, introduzem um desafio logístico importante. Tem todas as condições para enfrentar esses desafios."

Simon Schwartzman, pesquisador e ex-presidente do IBGE:
"Eu acho uma boa decisão. O Renato tem experiência, trabalhou na Capes bastante tempo, tem uma visão bastante ampla. Espero que faça um bom trabalho. O governo acabou colocando uma pessoa mais técnica e não uma pessoa política, isso é bom. Com o Renato você pode concordar mais ou menos, mas não pode dizer que não é da área, que não conhece. O MEC tem problemas por todo lado. Problemas não faltam, não há nenhum problema novo. Mas acho que alguém que pode entender os problemas e tentar buscar a solução, e buscar as competências que tem no país para ajudar, eu acho que isso ele pode fazer. O medo seria que fosse uma indicação política, para atender o partido A ou B, e isso não foi feito, então acho que foi uma solução boa."
Senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão de educação do Senado:
"A indicação do professor doutor Renato Janine Ribeiro para assumir o Ministério da Educação foi acertada, devido ao seu perfil técnico, por ser de fato um educador. Suas credenciais suscitam respeitado no meio acadêmico e suas experiências práticas trarão um diagnóstico crítico das nossas mazelas educacionais. Espero que ele tenha autonomia para dar um novo rumo à educação do nosso país."

Comandante de avião tentou reabrir cabine com machado, diz jornal

Airbus A320 caiu nos Alpes franceses e matou 150 pessoas.
A polícia alemã realizou buscas na casa do copiloto Andreas Lubitz.


Policial deixa casa do copiloto Andreas Lubitz em Montabaur, na Alemanha, carregando objetos pessoais dele (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
O piloto do Airbus A320 que ficou trancado do lado de fora da cabine no momento da queda do avião da Germanwings nos Alpes franceses, tentou abrir a porta com um machado, afirma o jornal alemão "Bild" nesta sexta-feira (27), que cita fontes das forças de segurança.
Depois que o copiloto Andreas Lubitz acionou o mecanismo de descida do avião por razões desconhecidas, o comandante do voo, que havia deixado a cabine para ir ao banheiro e que não teve acesso ao local na volta, utilizou um machado para forçar a porta blindada, segundo as fontes, e tentar impedir a tragédia que matou 150 pessoas.
Um porta-voz da Germanwings, uma companhia da Lufthansa, confirmou ao "Bild" que os aviões A320 contam com um machado, que é "parte do equipamento de segurança".
Nesta quinta (26), Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, explicou que acesso à cabine de comando pode ser impedido por quem está dentro. “Se o piloto saiu e o que ficou dentro está inconsciente, há um código que pode ser utilizado. Há um barulho dentro da cabine, e se ninguém abrir, a porta se abre eletronicamente. Mas a pessoa que está do lado de dentro pode impedir que a porta se abra.”
Segundo a Promotoria francesa, durante os primeiros 20 minutos de voo, houve uma troca de cortesias e até mesmo brincadeiras entre o piloto e Andreas Lubitz. Já quando o piloto começa a preparar o procedimento para a aterrissagem em Düsseldorf (Alemanha), o copiloto se mostrou mais "lacônico".
Com a saída do comandante da cabine, Andreas Lubitz assumiu o controle da aeronave e acionou o botão para perda de altitude. "Nenhuma mensagem de socorro ou urgência foi recebida por controladores de tráfego aéreo e nenhuma resposta foi dada a todas as chamadas dos vários controladores de tráfego aéreo", disse o promotor Brice Robin na terça.
Investigações
A polícia alemã realizou buscas na casa do copiloto Andreas Lubitz, que, segundo as autoridades francesas, "parece ter derrubado deliberadamente" o avião da Germanwings na última terça-feira (24).
A polícia saiu da casa dos pais de Andreas, na cidade de Montabaur, com caixas e sacolas com pertences da família, além de um computador. Também foram feitas buscas por quatro horas em um apartamento em Düsseldorf, onde o copiloto morava, de acordo com a imprensa alemã.
Os detetives da polícia procuraram pistas sobre a motivação do copiloto em derrubar o avião de maneira deliberada. As buscas tiveram como foco documentos pessoais, disse o gabinete do procurador em Düsseldorf, de acordo com o "Die Welt".
  •  
O copiloto Andreas Lubitz é visto em foto reproduzida de seu perfil no Facebook (Foto: Reuters)O copiloto Andreas Lubitz é visto em foto reproduzida de seu perfil no Facebook. (Foto: Reuters)
Segundo a Promotoria francesa, Andreas Lubitz estava respirando normalmente até o momento em que a aeronave bateu nas montanhas. Os sons da caixa-preta dão a entender que ele não sofreu nenhum problema de saúde, como um AVC.
Com os dados que a investigação tem até agora, não se pode falar de suicídio, segundo o promotor, que reforçou que todas as informações são preliminares e que as investigações continuam.
De acordo com Robin, a análise da segunda caixa-preta, de dados, irá ajudar os investigadores a entender melhor o que aconteceu. Por enquanto, não há indícios de envolvimento de outras pessoas.
Lufthansa chocada
Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, disse em entrevista coletiva nesta quinta que está sem palavras com a revelação de que o copiloto teria deliberadamente derrubado o avião da Germanwings.
Segundo o CEO da Lufthansa, o copiloto Andreas Lubitz começou seu treinamento em 2008, mas o interrompeu brevemente. Ele foi comissário de bordo enquanto não podia pilotar. Ele começou a atuar como copiloto da companhia em 2013. Ele estava "100% apto para voar, sem restrições", e passou em todos os exames de pilotagem e médicos.
Spohr também disse que não tem nenhuma informação sobre o motivo que levou o copiloto Andreas Lubitz a fazer o que fez. "O que aconteceu foi um incidente trágico individual, eu gostaria de enfatizar isso", disse. "Temos altos padrões, mas um caso único como este não pode ser previsto."
O que se sabe sobre a tripulação
Andreas Lubitz, de 28 anos, era alemão, natural de Montabaur, em Rhineland-Palatinate, na Alemanha. Ele não estava em lista de suspeitos de terrorismo, e por enquanto não há base para afirmar que tenha sido um incidente terrorista.
Lubitz havia sido contratado em setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo de experiência, informou a Lufthansa à AFP. Jornais internacionais disseram que Andreas se formou na escola de voo da Lufthansa em Bremen e obteve sua licença de voo em junho de 2010.
Já o piloto do Airbus A320 tinha 10 anos de experiência e mais de 6.000 horas de voo, segundo a Germanwings. Identificado pelo jornal "Bild" como Patrick S., o piloto também era alemão.
Vítimas
As autoridades ainda não divulgaram a lista de passageiros e tripulantes embarcados no avião da Germanwings que caiu nos Alpes franceses. Porém, diante da notícia da tragédia, alguns familiares, empresas e órgãos oficiais dos países divulgaram nomes de pessoas que estavam no voo.
O Airbus A320 partiu de Barcelona, na Espanha, com destino a Düsseldorf, na Alemanha, e levava 150 pessoas – 144 passageiros e seis tripulantes.
Segundo informações da Germanwings, entre as vítimas do acidente havia 72 alemães, 35 espanhóis, 2 australianos, 2 argentinos, 2 iranianos, 2 venezuelanos, 3 americanos, 1 marroquino, 1 britânico, 1 holandês, 1 colombiano, 1 mexicano, 1 dinamarquês, 1 belga e 1 israelense.
A origem de algumas vítimas ainda é incerta, especialmente devido a casos de dupla nacionalidade. Devido à violência do acidente, as autoridades acham pouco provável encontrar sobreviventes. Conheça as histórias de algumas das vítimas.
Mapa queda de avião França V3 (Foto: G1)

Grupo promove 'beijaço' contra a homofobia na Zona Sul do Rio

Beijaço foi promovido na Praça São Salvador (Foto: Daniel Silveira / G1)

Ato na Praça São Salvador, em Laranjeiras, reuniu dezenas de pessoas.
Local foi palco de agressão a casal gay, fato que gerou a mobilização.Dezenas de pessoas se reuniram na noite desta sexta-feira (27) na Praça São Salvador, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, em um protesto contra a homofobia. Os manifestantes promoveram uma "guerra de purpurina" e se mobilizaram em um “beijaço” coletivo.

Chão da Praça São Salvador no dia do Beijaço (Foto: Daniel Silveira / G1)Chão da Praça São Salvador no dia do Beijaço
(Foto: Daniel Silveira / G1)
"Não haverá mais guetos", destacava o manifesto que foi distribuído aos frequentadores da praça. O ato foi organizado depois de um caso de agressão a dois homens que se beijaram no local no dia 1o de março. No chão da praça, foi pintada, em alguns locais, a frase "Amar é um direito humano".

"Nós não queremos estar em guetos e não aceitaremos mais ser expulsos de lugar nenhum. Temos direito a frequentar todos os espaços e a exercermos a nossa cidadania livremente", disse o ativista Thiago Bassi, um dos organizadores do ato.
Victor Comeira, integrante da Frente Beijo na Praça e do Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual, destacou que o “beijaço” tinha o objetivo de dizer que a homofobia acontece em todos os espaços. "A praça São Salvador é conhecida como um local de maior tolerância aos gays e a homofobia está ficando tão banal que ela tem acontecido até mesmo em locais assim", disse. Ele enfatizou que a luta deve ser abraçada por todos. "Não precisa ser homossexual para lutar contra a homofobia. Tiveram casos de pessoas que foram confundidas com homossexuais e severamente agredidas na rua", lembrou.
Beijo coletivo aconteceu na Praça São Salvador (Foto: Daniel Silveira / G1)Beijo coletivo aconteceu na Praça São Salvador (Foto: Daniel Silveira / G1)
Presente no evento, o deputado estadual Carlos Minc (PT) disse que pretende promover na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) uma audiência para discutir os casos de agressão a homossexuais e contar a quebra da impunidade. "Isso aqui [a Praça São Salvador] é um espaço de diversidade cultural. Se até num espaço como este as pessoas estão sendo agredidas, o Rio vai deixar de ser conhecido pela valorização à liberdade. Precisamos romper com a impunidade", disse.
Ativista usaram tatuagem adesiva com a frase "beijo pelos direitos humanos" (Foto: Daniel Silveira / G1)Ativista usaram tatuagem adesiva com a frase "um
beijo pelos direitos humanos"
(Foto: Daniel Silveira / G1)
O coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofonia da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, disse que o órgão busca discutir que a impunidade seja combatida com educação. "O que a gente está negociando é de que a punição a casos de homofobia contemple penas pecuniárias que sejam muito mais educativas do que coercitivas como, por exemplo, colocar o agressor para distribuir panfletos informativos, ou camisinhas em campanhas contra a Aids, por exemplo.
Conivência à agressão
Testemunhas contaram que no dia 1º de março, um grupo de homens arremessou copos contra um casal gay que se beijava na praça. Policiais militares e guardas municipais que estavam no local teriam se recusado a prestar assitência às vítimas. Um pequeno grupo, então, promoveu um beijaço espontâneo como forma de protesto, o que gerou novo ataque do grupo, que arremessou mais copos e garrafas de vidro. Só então a Polícia Militar interveio.
Deputado Carlos Minc foi à Praça São Salvador apoiar o ato contra a homofobia (Foto: Daniel Silveira / G1)Deputado Carlos Minc foi à Praça São Salvador
apoiar o ato contra a homofobia
(Foto: Daniel Silveira / G1)
O deputado Carlos Minc destacou que a Corregedoria da Polícia Militar foi acionada para apurar a denúncia de que os policiais militares que estavam na praça naquela ocasião protegeram os agressores. "Sabemos que um dos agressores está envolvido criminalmente em outros casos de violência. Testemunhas disseram que os policiais o tratavam com intimidade, que era recíproca. Policial não pode ser conivente com agressores", disse.

Segundo testemunhas, o agressor ao qual Minc se referiu é um dos quatro denunciados pelo Ministério Público pela agressão a um adolescente que foi espancado e preso a um poste no Aterro do Flamengo, no ano passado. Eles fariam parte de um grupo que atacava minorias e se dizia justiceiro, punindo delinquentes nos bairros Laranjeiras, Catete e Flamengo.
Marcus Fontenele e João Freire se posicionaram a favor do beijaço (Foto: Daniel Silveira / G1)Marcus Fontenele e João Freire se posicionaram a
favor do beijaço (Foto: Daniel Silveira / G1)
No bar Casa Brasil, à margem da praça, uma faixa foi estendida informando que a casa apoia a campanha contra a homofonia. "Veicularam nas redes sociais que a confusão aconteceu aqui e que nós fornecemos copos aos agressores, mas isso é uma inverdade. Os dois grupos estavam confundindo aqui, mas a briga aconteceu na praça e nós não apoiamos a briga", disse o advogado Marcus Fontenelle.
"Nós oferecemos copos para o consumo de cerveja, não para briga. E qualquer pessoa sempre foi bem-vinda aqui, não há descriminação a ninguém aqui dentro", garantiu o proprietário do Casa Brasil, João Paulo Freire.
Ato aconteceu na noite desta segunda-feira (Foto: Daniel Silveira / G1)

terça-feira, 24 de março de 2015

Angelina Jolie faz cirurgia para retirar ovários por medo de câncer

Angelina Jolie divulga 'Invencível' em Londres nesta terça (25) (Foto: REUTERS/Paul Hackett)

Atriz escreveu sobre procedimento em artigo ao jornal 'New York Times'.
Há dois anos, ela realizou uma dupla mastectomia também preventiva.A atriz e cineasta norte-americana Angelina Jolie anunciou nesta terça-feira (23) que se submeteu a uma cirurgia preventiva para retirar os ovários e as trompas de Falópio, dois anos após uma dupla mastectomia também preventiva.

Em um artigo publicado no jornal "New York Times", a atriz, que perdeu a mãe, Marcheline Bertrand, a avó e uma tia para o câncer, explica os motivos da decisão. Angelina Jolie afirma que tem uma mutação no gene BRCA1 que representa um risco de 87% de desenvolver câncer de mama e 50% de sofrer câncer de ovário.
"Eu estava planejando isso há algum tempo. É uma cirurgia menos complexa do que a mastectomia, mas seus efeitos são mais graves. Ela coloca a mulher na menopausa forçada. Então, eu estava me preparando fisicamente e emocionalmente, discutindo as opções com os médicos, pesquisando medicina alternativa, e mapeando os meus hormônios para substituição de estrogênio ou progesterona. Mas eu senti que ainda tinha meses para marcar a data", conta Jolie.
No entanto, "havia uma série de marcadores inflamatórios que eram altos" e que poderiam apontar um câncer incipiente. "O câncer de ovário da minha mãe foi diagnosticado quando ela tinha 49 anos. Eu tenho 39."
Diante do risco, a atriz se submeteu na semana passada a uma "salpingo-ooforectomia bilateral laparoscópica", uma operação preventiva na qual são retirados os ovários e as trompas de Falópio. "Optei por manter meu útero porque o câncer nessa localização não é parte do meu histórico familiar."
"Havia um pequeno tumor benigno em um ovário, mas não havia indícios de câncer em nenhum dos tecidos", explica Angelina Jolie, casada com o ator Brad Pitt e embaixadora da boa vontade da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)."Eu passei pelo que eu imagino que milhares de outras mulheres sentiram. Eu disse a mim mesma para ficar calma, ser forte, e que não havia nenhuma razão para pensar que eu não viveria para ver meus filhos crescerem e para conhecer os meus netos", relata.
"Liguei para o meu marido na França, que estava em um avião há horas. A coisa bonita sobre esses momentos na vida é que há tanta clareza. Você sabe para o que você vive e o que importa. É polarizador, e é pacífico."
Angelina continua o artigo ao contar que se tratou com a mesma médica que cuidou de sua mãe. Ela começou a chorar quando viu Jolie e disse que a atriz estava muito parecida com a mãe. "Sorrimos uma para a outra e concordamos que estávamos lá para lidar com qualquer problema."
"Sei que meus filhos nunca terão que dizer: 'Mamãe morreu de câncer de ovário'", completa no artigo a atriz de Hollywood, que tem seis filhos, três biológicos e três adotados. "Agora estou na menopausa. Não serei capaz de ter mais filhos, e espero algumas mudanças físicas. Mas eu me sinto à vontade com o que virá, não porque eu sou forte, mas porque esta é uma parte da vida. Não é nada a ser temido."
"Não é fácil tomar estas decisões. Mas é possível assumir o controle e enfrentar de frente qualquer problema de saúde. Você pode buscar aconselhamento, estudar as opções e tomar as decisões que são apropriadas para você. Conhecimento é poder", concluiu a atriz.
Angelina Jolie ao lado de sua mãe, Marcheline Bertrand, durante a pré-estreia do filme 'Pecado original', em julho de 2001, em Hollywood (Foto: REUTERS/Fred Prouser/Files)

Facebook anuncia função 'máquina do tempo' similar ao app Timehop

Nova função do Facebook permite relembrar postagens de uma mesma data em anos passados (Foto: Divulgação/Facebook)Novidade resgata fotos e postagens antigas de uma mesma data.
Recurso está sendo liberado aos poucos para celulares e computadores.O Facebook anunciou nesta terça-feira (24) uma função "máquina do tempo", que resgata fotos e postagens antigas feitas em uma mesma data. A novidade está sendo liberada aos poucos para celulares e computadores e é similar ao aplicativo Timehop, que, além do Facebook, consegue recuperar publicações de serviços como Twitter, Instagram e Flickr.

Chamado "On this day" ("Neste dia", em tradução livre), o recurso mostra o que você postou (ou foi marcado) em um dia 24 de março, mas de 2014, 2012, ou até de antes. De acordo com o Facebook, apenas você consegue ver sua página de nostalgias, mas é possível compartilhar esse conteúdo com seus amigos.
"As pessoas costumam olhar para trás e ver fotos antigas e outras memórias que elas compartilharam no Facebook, e muitas nos disseram que gostam de produtos e recursos que tornam isso mais fácil", disse Jonathan Gheller, gerente de produto do Facebook, no blog oficial da rede social.
Para acessar a função, basta acessar a página "On this day" aqui. Mas vale lembrar que o recurso está sendo liberado aos poucos no mundo todo, e pode ser que você ainda não tenha acesso a ele.

Estado Islâmico treina mais de 400 crianças para combater na Síria

Jihadistas chamam crianças de 'filhotes dos leões do Califado', diz ONG.
Crianças são usadas para conseguir informações em zonas não controladas.O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) treinou mais de 400 crianças para combater na Síria, informou nesta terça-feira (24) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Os jihadistas submetem as crianças, a quem chamam de 'filhotes dos leões do Califado", a intensivos treinamentos militares e religiosos nos territórios que controlam na Síria", diz a ONG com sede na Grã-Bretanha.
Vários vídeos difundidos nas redes sociais, em contas ligadas ao EI, mostram crianças carregando escopetas, disparando e rastejando no chão em treinamento de guerrilha.
Nas imagens, as crianças também são vistas estudando textos religiosos em torno de uma mesa redonda.
"Quando atingem a idade de 15 anos, esses meninos têm a opção de virar verdadeiros combatentes que recebem salário", indicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
"O EI tenta atrair as crianças com dinheiro e armas", acrescentou, explicando que as crianças não são obrigadas a lutar, mas é o que acabam fazendo já que não vão à escola, nem trabalham.
Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra menino participando de execução de dois homens que seriam do serviço secreto russo (Foto: Reprodução/ LiveLeaks/ Legionnaire77)Vídeo divulgado em janeiro pelo Estado Islâmico mostra menino participando de execução de dois homens que seriam do serviço secreto russo (Foto: Reprodução/ LiveLeaks/ Legionnaire77)
As crianças soldados são utilizadas em postos de controle ou para conseguir informações nas zonas não controladas pelo EI, já que passam despercebidas.
Outras crianças são recrutadas, no entanto, com objetivos mais violentos. Um vídeo de março mostrava, por exemplo, um menino de 12 anos disparando várias vezes em um refém.
Segundo Rahman, o EI já utilizou dez crianças como terroristas suicidas na Síria. "Trata-se de uma lavagem cerebral", afirmou o diretor da OSDH.
"O chocante é que não escondem que usam crianças, ao contrário, se orgulham disso", denuncia, por sua vez, Nadim Hury, diretor adjunto para o Oriente Médio da Human Rights Watch.

Velório de Cláudio Marzo tem local alterado para o Memorial do Carmo

Cláudio Marzo em 'Era uma vez',de 1998 (Foto: Divulgação/TV Globo)
O Memorial do Carmo, no bairro do Caju, Zona Portuária do Rio, será o local de velório do atorCláudio Marzo . Inicialmente, o funeral aconteceria no Parque Lage, no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul. A cerimônia permanecerá aberta ao público, entre 11h e 16h de quinta-feira (26). A cremação do corpo acontecerá no mesmo dia, às 18h, em uma cerimônia reservada somente à família.
Cláudio Marzo, de 74 anos, morreu às 5h39 deste domingo (22) na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio. Segundo a assessoria da unidade, ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com quadro de pneumonia desde o dia 4 de março.
Segundo a assessoria do hospital, Marzo tinha o desejo de ser cremado. A família aguarda a chegada de um dos filhos que mora na Austrália.
Outras internações
O ator também foi internado no dia 8 de fevereiro devido a um quadro infeccioso, associado à insuficiência renal e a um enfisema descompensado, informou o boletim médico divulgado pelo Dr. João Manuel Pedroso, clínico geral e cardiologista do ator.
No dia 28 de dezembro de 2014, Cláudio foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do mesmo hospital com um quadro de arritmia cardíaca e pneumonia. Entretanto, recebeu alta médica no dia 31 de dezembro e pôde passar a virada do ano em casa.Primeiro time da Globo
Marzo tinha 25 anos quando recebeu o convite para trabalhar na TV Globo. Ele morava em São Paulo e fazia parte do Grupo Oficina. Ele ainda atuava como dublador da série americana “Mr. Novac”. Foi quando se mudou para o Rio e assinou contrato. Ele fez parte do primeiro grupo de atores contratados pela Globo, inaugurada em 26 de abril de 1965.
“Por coincidência, a Globo tinha comprado esses filmes que eu dublava. Então, já contratado, eu continuava em São Paulo, até terminar as dublagens. Queria ter vindo antes, estava doido para vir para o Rio”, lembrou o ator, em depoimento ao site Memória Globo.
Foi por conta desse pequeno atraso que o ator acabou escalado não para a primeira, mas para a segunda novela da emissora no horário das 19h. Era “A Moreninha”, de Graça Mello, com 35 capítulos.
Ele nasceu no dia 26 de setembro de 1940, em São Paulo, filho de uma família de operários e descendente de italianos. O ator abandonou os estudos aos 17 anos para trabalhar como figurante na TV Paulista. Depois, foi contratado pela TV Tupi. “Deixei até o cabelo crescer para viver o músico, ninguém naquela época tinha cabelo comprido”, disse.
Claudio Marzo e Regina Duarte em Minha Doce Namorada (Foto: Divulgação/TV Globo)Cláudio Marzo e Regina Duarte em 'Minha Doce
Namorada' (Foto: Divulgação/TV Globo)
“Sempre tive vontade de ser ator, achava uma coisa fantástica. Os atores me emocionavam. Achava interessante você transmitir emoções e consciência de mundo para as pessoas. Na época, eu acreditava, ingenuamente até, que o teatro pudesse modificar o mundo.”
Par com Regina Duarte
O ator participou de várias novelas nos anos 1960, sendo "Véu de Noiva" um de seus momentos mais marcantes. Ele atuou ao lado de Regina Duarte, na trama de Janete Clair. A novela é considerada importante por ter sido uma resposta à tendência iniciada por "Beto Rockfeller", exibida pela TV Tupi. Foi ainda a primeira a ganhar uma trilha sonora original, com músicas escolhidas por Nelson Motta.

O par romântico Marzo e Regina Duarte no gosto popular. E voltou a ser escalado em "Irmãos Coragem", de Janete Clair, produzida em 1970. Na trama, o ator viveu um dos irmãos Coragem, Duda, um craque dos campos de futebol. Foi mais um sucesso de público. “Eu não queria fazer sucesso em televisão. Eu queria ser ator de teatro, entende? E achava que, na minha cabeça, na época, fazer sucesso em televisão era uma coisa que te queimava. Novela, televisão, isso era uma coisa inferior. Mas eu precisava trabalhar”, confessa.

"Minha doce namorada", de 1971, e "Carinhoso", de 1973, trouxeram de volta Cláudio Marzo e Regina Duarte. Na década seguinte, participou de produções que marcariam a carreira. Em "Brilhante", novela de Gilberto Braga exibida em 1981, interpretou o motorista Carlos, que vivia romance com a patroa, Chica Newman, interpretada por Fernanda Montenegro.
Manchete e filmes
Marzo também participou de duas novelas na extinta TV Manchete. Ele esteve em "Kananga do Japão", de Wilson Aguiar Filho, em 1989; e "Pantanal", de Benedito Ruy Barbosa, no ano seguinte. A carreira de Marzo também inclui trabalhos no cinema. Foram 35 longas-metragens, com destaque para "O Homem Nu", dirigido por Hugo Carvana, com roteiro de Fernando Sabino, em 1990.
Retorno à TV Globo
De volta à Globo em 1993, atuou em "Fera Ferida", de Aguinaldo Silva, no papel do coveiro Orestes Fronteira. Dois anos depois, foi convidado para participar do remake de "Irmãos Coragem", dessa vez vivendo o poderoso coronel Pedro Barros, justamente quem perseguia a família Coragem. Em 2007, na Globo, atuou na novela "Desejo Proibido", de Walther Negrão, e na minissérie "Amazônia – De Galvez a Chico Mendes", de Gloria Perez, no papel de Ramalho Jr, ex-governador do Acre. O último trabalho na Globo foi no seriado "Guerra e Paz", em 2008. O ator interpretou o capitão Guerra.
  •  
Trajetória em linha do tempo de Cláudio Marzo (Foto: G1)

Dólar fecha em queda pelo 3º pregão seguido, a R$ 3,12

Moeda norte-americana caiu 0,57% frente ao real, a R$ 3,1275 para venda.
Nas três últimas sessões, a divisa acumulou queda de 5,13%.O dólar fechou em queda pelo 3º pregão consecutivo nesta terça-feira (24), no patamar de R$ 3,12, em sessão marcada por sobe e desce. A divisa trocou de sinal pelo menos oito vezes durante o pregão, com investidores ponderando as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre o programa de intervenções da autoridade monetária no câmbio.

A moeda norte-americana caiu 0,57% frente ao real, a R$ 3,1275 para venda. Na mínima da sessão, a divisa chegou a ser negociada a R$ 3,0924. Veja cotação.
Nas três últimas sessões, a divisa acumulou queda de 5,13%.
Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 700 milhões.Declarações de Tombini
Durante participação em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do BC afirmou que o programa de intervenções no câmbio é importante em um momento de normalização da política monetária norte-americana, mas ao mesmo tempo repetiu que o atual estoque de swaps cambiais já dá conta da demanda por proteção cambial.
A maior parte dos agentes financeiros consultados pela Reuters acreditava que a interpretação mais plausível é que o BC pretende acabar com as intervenções diárias no câmbio, mas rolar integralmente os contratos que vencerão nos próximos meses. Mas essa avaliação não vinha sem uma boa dose de dúvidas.
O operador Jefferson Luiz Rugik, da corretora Correparti, viu nas declarações uma "dualidade". Segundo ele, isso provocou cautela e levou investidores a comprar dólares.
Combinados com o dado de recuperação dos preços ao consumidor norte-americano em fevereiro, que colocou de volta na mesa a possibilidade de uma alta de juros nos EUA em junho, esses ruídos levaram o dólar a anular a queda vista mais cedo e passar a operar em alta ante o real.
Mais tarde, contudo, o dólar voltou a cair, após Tombini afirmar que o BC poderia manter o nível atual de swaps cambiais em circulação, equivalente a cerca de US$ 115 bilhões por "dez, vinte anos".O mercado também digeria a decisão de segunda-feira da agência de classificação de risco S&P, divulgada após o fechamento do câmbio a vista, de confirmar a nota soberana do Brasil em "BBB-", com perspectiva "estável, citando as mudanças na condução da política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
"É um voto de confiança no governo em um momento em que o mercado estava com medo de o Brasil perder o grau de investimento", disse o superintendente de câmbio da corretoraTov, Reginaldo Siaca.
Atuação do BC
Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias no câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais. Todos os contratos vendidos vencem em 1º de dezembro de 2015. Também foram ofertados contratos para 1º de março de 2016, mas nenhum foi colocado.
A autoridade monetária também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, rolou cerca de 61% do lote total, que corresponde a 9,964 bilhões de dólares.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Acidente ferroviário deixa dezenas de mortos no norte da Índia

Equipes de resgate são vistas em local de acidente de trem na Índia nesta sexta-feira (20); dezenas de pessoas morreram (Foto: Reuters)Ao menos 30  pessoas, entre elas duas crianças, morreram e mais de 50 ficaram feridas no descarrilamento de um trem no norte da Índia, informaram as autoridades.
O acidente, cujas causas são desconhecidas até o momento, ocorreu a 50 km de Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh, no norte do país.
"O último balanço é de 21 mortos e mais de 50 feridos", declarou o diretor de relações públicas da empresa ferroviária do norte, Neeraj Sharma.
"Os socorristas seguem trabalhando", acrescentou.
Uma investigação teve início para saber se o acidente ocorreu devido a um erro do condutor do trem ou a uma falha dos freios, disse Sharma.
Equipes de resgate trabalham em acidente de trem em Bachhrawan, na Índia, nesta sexta-feira (20) (Foto: Press Trust of India/AP)

Exército instala cabos no fundo de rio para levar internet rápida à Amazônia

Plano é fazer infovia de 7,8 mil km nos rios Negro, Solimões, Purus e Juruá.
Banda larga atenderá postos na fronteira, centro de pesquisa e consumidor.Instalar cabos de fibra ótica no fundo dos rios da Amazônia é a nova aposta do Exército Brasileiro e da Rede Nacional de Pesquisas (RNP) para levar internet de alta velocidade a cidades ribeirinhas no meio da floresta mais densa do mundo.

As duas entidades mostraram ao G1 que a nova estratégia para conectar uma das regiões com acesso mais restrito à internet, “revive” o projeto de instalação da linha de telégrafo entre Belém e Manaus, de 1896. Para driblar complicações de atravessar a floresta, engenheiros fixaram os cabos pelos rios. Usar cabos subfluviais é a estratégia para conectar a região e deve integrar o Programa Nacional de Banda Larga.
“Como a população das cidades vive à margem dos rios, a rota de navegação e transporte é o rio. É a solução menos intrusiva”, diz o General Decilio de Medeiro Sales, chefe do Centro Integrado de Telemática do Exército. Segundo a RNP, 94% das 7,5 milhões de pessoas que poderão ser atendidas pelo projeto são ribeirinhas.
Projeto Amazônia Conectada implanta cabos de fibra ótica a rios da Amazônia para levar internet de alta velocidade à região. (Foto: Divulgação/Amazônia Conectada/Exército Brasileiro)Projeto Amazônia Conectada implanta cabos de fibra ótica a rios da Amazônia para levar internet de alta velocidade à região. (Foto: Divulgação/Amazônia Conectada/Exército Brasileiro)
Dentro do rio
O plano é construir infovias de 7,8 mil km pelos rios Negro, Solimões, Purus e Juruá. O custo estimado é de R$ 1 bilhão e a previsão de conclusão é 2017. O objetivo é levar conexão para o interior do Amazonas. Hoje, a solução é o acesso via satélite - instável e caro. A tecnologia de fibra ótica permitirá conexões de até 100 Gigabit por segundo: capacidade usada para atender também o governo do Amazonas e órgãos como Receita Federal e Ibama.
A atração de empresas de telecomunicações está dentro dos planos. Elas devem se tornar parceiras do projeto para atender a população. “Isso vai dinamizar muitos negócios”, afirma Nelson Simões, diretor-geral da RNP. “Tem enorme potencial de diminuir os custos para o cidadão porque os provedores que estão nessas cidades fazem contratos com as pessoas, mas, ao final, tem que fazer um enlace que é muito caro.”As peculiaridades da região amazônica forçaram a escolha pelos cabos subfluviais. Cabos de fibra ótica são implantados ao longo de ferrovias ou rodovias, raras na região. Escavações na floresta foram descartadas pelo potencial de terem de entrar em terras indígenas.
Contra a correnteza
As obras já começaram, com a conexão de dois postos militares em Manaus. A próxima fase vai ligar os 200 km entre Manaus a Coari, a um custo de R$ 15 milhões. Os recursos são do Exército.
Depois dessas obras, novos parceiros, como empresas de telecomunicações e o próprio governo, deverão aderir para injetar dinheiro e levar o projeto adiante. A Telebras já aderiu e fornecerá serviços à população. Eletronorte e Eletrobras negociam suas entradas. “É muito curioso ver como os problemas da região ainda não foram superados. É uma região de difícil acesso, mas há soluções", diz Simões, da RNP.